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sexta-feira, 22 de março de 2013

Média que odeia mulheres

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Quantos filmes, este ano, têm mulher como protagonista? Ok, vou facilitar: quantos filmes, você se lembra, que têm a mulher como protagonista? É difícil de lembrar, não é? Quase tão difícil quanto você tentar ver mentalmente a sua cara.

São raros os filmes, novelas e livros que figuram a mulher como personagem principal. Ao longo dos anos o cinema e a televisão têm-nos ensinado que a mulher é, no máximo, o troféu do herói no fim da sua jornada: você é homem, derrota os mauzões e recebe uma (linda) mulher como recompensa. E o filme acaba. E a mulher nem precisa falar (raramente tem alguma fala nos filmes, e quando tem essa normalmente é para encorajar ou agradecer o herói, ou conversar com outra mulher sobre o homem de quem gostam).

                                                                                                   via: Блог Джипси
"É melhor que eu receba a minha mulher depois disto ou 
vou chamar alguém de puta. Ou choro."

Curiosamente, apesar de o ocidente defender “fortemente” os direitos da mulher, esta ainda é geralmente vista como uma posse do homem, dona de casa obediente e figura frágil que deve ficar num canto e deixar o homem cuidar dela. Isso é irónico, uma vez que a mulher é mais forte que o homem. É; menstruações mensais, bebé na barriga durante 9 meses (12 para os mais preguiçosos), parto e a luta constante para estar ao nível do homem. Basicamente como nos países mais “acatados” do oriente.

Ao mesmo tempo a média ensina o homem a ser homem e, como tal, dono da mulher. “Derrote os mauzões, oferece-lhe flores, trate-a mal, etc. etc.” E a mensagem mais importante: homens e mulheres não podem ser amigos, nem iguais. Quantos filmes você já viu em que um homem e uma mulher têm uma conversa profunda sobre os problemas sociais, o sentido da vida ou ideias para tornar o mundo um lar melhor? Sem terem de beijar ou fazer sexo no fim da conversa?

                                                                                   modificado de: POYKPAC 
Instituição Correccional Para Nice Guys; e Fábrica de Jerks.

O nice guy é, na verdade, a hipocrisia e a materialização dos ideais ficções românticas, e o jerk  é a versão mais consciente do nice guy –as mulheres também pensam. Claro que existem filmes com mulher como protagonista, e em que essas não têm que recompensar um homem ficando com ele no fim do filme, mas são raros; assim como filmes em que homens e mulheres não têm necessariamente que ser só amantes. E é desses filmes que precisamos para mudar esta mentalidade que frusta tanto mulheres como homens e degenera a sociedade.



[Parcialmente baseado]