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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

E os psicólogos indo para o desemprego


Li em algum lugar que o rapaz (não, ele é um homem mesmo) que criou o twitter só o fez para que a família ficasse actualizada sobre suas actividades; nunca pensou que iria ter tanto impacto. O rapaz que criou o facebook só queria um instrumento para as pessoas saberem novidades dos seus amigos. O Messenger… hum.. não sei. De qualquer maneira para além desses três instrumentos serem redes de "amizade" onde se conhecem pessoas (o Messenger nem tanto) têm também em comum a facto de permitirem os usuários partilharem status (uma descrição do que as pessoas estão a fazer no momento, coisa e tal).

Entre um não sei porquê e a vontade de escrever qualquer coisa as pessoas usam esse status para partilhar desde o que comeram ao pequeno-almoço, passando pelo seu estado de espírito até as suas filosofias de vida. Para além de tudo isso (recheado de pormenores, assustadores em certos casos) também aproveitam para pedir conselhos aos "amigos" sobre decisões tão bizarras quanto unhas postiços até questões mais sérias como o rumo de suas vidas. É claro que o que vale é saber o que a maioria dos "amigos" pensa. Nessa "brincadeira" de "espera aí que vou perguntar aos meus amigos" já aconteceram algumas tragédias. Sério. Não vou falar aqui mas, procura na net sobre os suicídios live, e crimes relacionados com redes sociais.


Entretanto, com tantos "psicólogos" nessas redes sociais, os psicólogos (esses sem aspas) e a própria família são dispensados de suas funções de aconselhadores.

O que vais fazer neste sábado? Vou ficar em casa com os meus 1026 amigos. Observação rápida: talvez cinco (ainda é muito, a menos que sejam seus parentes, ou nem tanto) sejam seus amigos, mas ter 1026 “amigos” no facebook não significa que você tenha 1026 amigos. Quer conversar com outras pessoas e aprender coisas novas, tudo bem mas, tu não conheces essas pessoas e vossa “amizade” é virtual. Tanto quanto sabes a pessoa do outro lado da linha pode ser um desgraçado pregando-lhe uma partida, ou apenas a engodá-lo para depois lhe dar o golpe de misericórdia.

Mas é como eu já tinha dito neste artigo, se não confiarmos em estranhos viveremos paranóicos, mas não custa ter noção da realidade.

4 coisa(s) escrita(s) depois:

  1. Leonor Prado 29.5.11

    E o pior é que o pessoal perde a noção de limite quando estão nessas comunidades virtuais. Será que não pensam que isso irá afectá-los na vida real? Não critico que se deva ter amigos nessas comunidades com quem se possa ter uma boa conversa mas há que ter noção que não se conhece a pessoa com quem se está a conversar e ficar a expor-se dessa forma pode ter graves consequências. Além do mais, alienar os pais não é uma boa opção, sobretudo quando ainda se vive com eles.

  2. As redes sociais tornaram-se numa segunda família.

  3. E o que podem fazer os pais se os filhos acham que eles são descartáveis? Para começar, os pais é que falharam ao não se comportarem como uma família ao deixar os filhos recorrer a outros por atenção. Mais, essa liberdade desmedida de pais que tentam parecer modernos a qualquer custo é tristemente assustador. A este ritmo o próprio conceito de família precisará ser mudada.

  4. prevejo o desaparecimento dessa profissão no futuro. talvez estaríamos a viver no admirável mundo novo, somos de todos e todos são nossos...

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